terça-feira, 27 de outubro de 2009

'O Vendedor de Sonhos e A Revolução do Anônimos' de Augusto Cury - Editora Academia

Olá pessoas! Agora estou lendo 'O Vendedor de Sonhos e A Revolução do Anônimos'. Também encontrei passagens incriveis como no primeiro volume.
Estava lendo hoje de manhã e ri tanto com os pensamentos de Bartolomeu e Barnabé sobre nós mulheres que vou deixar aqui pra vocês alegrarem seu dia.

O Mestre estava falando sobre as guerras que travamos em nossas mentes, eis que Barnabé que é apelidado pelos amigos de Prefeito, graças a sua mania de político, animadíssimo com a platéia de mulheres presentes nesse ensolarado dia, subiu num banco da praça e, dinte de judeus, mulçumanos, jovens e outros seguidores eventuais, fez um discurso:

- Caros eleitores desta generosa cidade. Como um dos líderes que mais visão de futuro têm nesta massa de mortais, gostaria de lhes dizer que as mulheres são mais inteligentes, graciosas, sensatas, ajuizadas, criativas que os homens.
O Mestre aplaudiu. Mônica, a professora Jurema e as demais mulheres também o aplaudiram entusiasticamente. Vendo-as aplaudindo com fervor, ele tomou a palavra novamente e, num to altíssimo, bradou:
- Maaaaas!
As mulheres caíram em si e expressaram, inconformadas:
- Aaaaah! - Claro, o Prefeito nunca dava um elogio pratuito. O atrevido completou:
- Mas inventaram os shoppings.
As mulheres caíram na risada, e todos os homens as acompanharam, inclusive Júlio César o mais sério da turma. Entenderam que a compulsão por comprar era um dos seus piores inimigos. Júlio César não entendia como esse sujeito conseguia ser tão engraçado. Colocou molho no discurso do Mestre sobre a guerra psíquica. Diante de sua "piada verdadeira", resolveu se arriscar a brincar.
- Da ponta do cabelo à ponta da unha do dedão, as mulheres têm onde gastar dinheiro. Como vocês conseguem essa proeza?
Dimas, o vigarista em recuperação do grupo, eu no passado havia furtado bolsas de mulheres, entrou com esta piada, gaguejando só um pouco:
- Gente, hoje em dia não precisa mais fa... fa... fazer ultrassom para saber o sexo da criança. Sabem qual é a técnica?
- Não! - disseram todos.
- É só passar o cartão de crédito em cima da barriga da mulher. Se for menina, a criança ficará agitadíssima.
O clima foi de intensa descontração. A professora Jurema levantou sua bengala, enganchou-a no pescoço de Dimas e disse-lhe:
- E qual seu sexo? - O debochado fechou os olhos, armou um bico e disse:
- Sou lou... louco por você, vovó!
A idosa professora passou a mão num gato de rua que passava no exato momento da brincadeira e o encostou em seus lábios. O gato lambeu a boca dele e deu um miado alto. Dimas saiu cuspindo fogo... Entendeu que as mulheres são especialistas em demonstrar a estupidez masculina.
Bartolomeu, como sempre, não podia ficar de fora. Mas, após a cuspida de Dimas, observaram que este estava cabisbaixo, quieto, comprenetrado, meditando. Pela primeira vez ele não foi espalhafatoso.
- Está doente, Bartolomeu? Tem dor de cabeça? - perguntou delicada e preocupadamente Mônica.
Mônica foi ingênua. Dando-lhe corda, ele poderia lhe causar a maior dor de cabeça dessa manhã. E causou. Fazendo vibrar a voz, discursou:
- Bellísima Mônica, inteligentíssima Jereminha e mulheres que me ouvem. Vocês são mais magnânimas que os homens!
"Magnânima?", pensou Júlio César. Esse filósofo de rua não sabe o significado dessa palavra. Mas, como se estivesse ouvindo seus pensamentos, ele emendou:
- Para quem não sabe, "magnânima" significa dadivosa, pródiga, generosa, desprendida, doadora.
Júlio César engoliu em seco sua explicação. As mulheres o aplaudiram. Seduzidas pelo desvairado, ficaram atentas às suas palavras. E ele continuou:
- Sem uma mulher, eu e meu cérebro não estaríamos aqui.
Deram risadas dessa bobagem.
- E seu pai, não participou da sua construção? Por acaso você foi clonado? - disse o perspicaz mulçumano que o ouvia.
A turma riu da ingenuidade de Bartolomeu, mas o esperto reverteu o jogo:
- Sim, papai gastou nove minutos e mamãe gatou nove meses nessa construção. Não é sem razão que os judeus consideram que somente quem tem mãe judia é genuinamente judeu. - E imitando o Mestre, disse: - Às mulheres me curvo!
O judeu ortodoxo o aplaudiu com ânimo. E, por sua vez, as mulheres foram conquistadas. Animadíssimo, Boca de Mel continuou sua história de exaltação das mulheres:
- Visitando meus neurônios e entrando nos labirintos escarpados do meu privilegiado cérebro, lembrei-me de uma história que mostra a notoriedade e supremacia das mulheres. Certa feita, estava passeando numa bela praia de Miami, pensando nos mistérios da vida. De súbito, apareceu uma garrafa deslumbrante trazida dos confins do Atlântico. Como todo pensador dotado de curiosidade, eu a abri. Aha! Quem saiu de lá? - perguntou à platéia, que não sabia se ele estava, até o momento falando sério ou contando uma anedota.
Como fez certo suspense, o Prefeito se atreveu a dizer:
- Grana!
- Não, my friend! Saiu um gênio da garrafa. Mas era um gênio diferente. Era estressado, agitado, irritado, igual ao meu amigo Prefeito. Tão impaciente era o gênio, que apressadamente me disse: "Três desejos, e atendo somente um! Mas vamos logo que tenho de ir ao terapeuta". O mundo dos gênios também havia se tornado um grande hospital psiquiátrico como o nosso. Encontrar um gênio tranquilo era uma raridade. O gênio que me falara era inteligente e doidão, como Júlio César. Agarrando a oportunidade, não pedi a ele uma fábrica de vodca. Disse-lhe enfaticamente: "Quero conhecer Cuba!".
"- Conhecer Cuba? Só isso?! - perguntou o gênio, feliz da vida, querendo se livrar logo de mim.
"- Sim, quero conhecer Cuba, maaaas!... tenho medo de avião e de navio. Portanto, quero que você construa uma ponte de Miami a Cuba!
"- O quê? Uma ponte tão grande? Você quer me enfartar? - E resmungou: - Tenha santa paciência, não sou bom de engenharia, e pontes costumand dar mutíssimo trabalho. - Impaciente, pediu que eu anunciasse o segundo desejo, para me atender e cair fora. E reafirmou: - Lembre-se de que estamos em crise financeira, só atendo um pedido!"
Bartolomeu fez uma pausa e continuou a mais maluca de todas as histórias.
- Então falei sobre um desejo que todos os políticos, executivos e economistas sonham em realizar. Disse-lhe: "Desejo saber como funciona a economia mundial, qual a sua lógica e como prevenir novas crises". Ao ouvir meu segundo desejo, o gênio começou a somatizar sua ansiedade, teve cólicas intestinais. Estava ofegante. E, apertando a barriga, disse, irritado: "Fale qual é o terciro desejo. E rápido".
Bartolomeu fez outra pausa e continuou sua inconcebível história. Ninguém piscava o olho ao ouvir o falador compulsivo, nem o Mestre. Ele continuou:
- Então, pessoal, num golpe de extrema lucidez, anunciei o meu terceiro e extraodinário desejo. Um desejo que todos os pensadores e filósofos de todas as eras sonharam em realizar.
E os ouvintes curiosos, apressaram-no: - Fale logo!
- "Fale logo! Fale logo!", disse o gênio, ansioso. Fitei os olhos dele e lhe disse: "Gênio, meu desejo é simples. Desejo conhecer a mente das mulheres!". Ao ouvir meu terceiro desejo dei um golpe fatal no gênio. Suas cólicas intestinais aumentaram tanto que ele começou a ter uns nós. Começou a borrar as calças. Gemendo e quase sem respirar, ele me disse: "Você quer a ponta para Cuba com pista simples ou dupla, com jardim nas laterais ou restaurantes?"
Os patrícios, judeus e mulçumanos sentaram nos bancos para não cair de tanto rir. As mulheres presentes também riram incondicionalmente. Mas, bem-humoradas correram atrás de Bartolomeu.
A professora Jurema conseguiu enganchar sua bengala no pescoço do filósofo de rua. Rodeado pelas mulheres, ele disse:
- As mulheres são realmente complexas. Tão complexas que vocês nos calaram durante séculos temendo nossa inteligência.
Acalmados os ânimos, o Mestre acrescentou:
- Manifesto que o sistema social e econômico que varreu as eras é masculino e saturado de erros crassos. A ambição desmedida dos homens gerou gurras, disputas religiosas, discriminação, crises finaceiras, competição predatória no comercio internacional. Torço para que as mulheres assumam os principais postos nas mais diversas nações. Se agirem sob as raias do instinto masculino, cometerão os mesmos erros, mas se agirem sob as raias de sua intuição, feminilidade, generosidade, sensibilidade, mudarão os alicerces da história.

E assim finalizo o trecho do livro. E tomo a palavra dizendo que nós mulheres somos realmente complexas e que as vezes nem nós mesmo nos entendemos, e ainda dou um conselho a quem ainda tenta nos entender. DESISTAM! Essa é uma missão impossível!

Tenham um ótimo dia!

Trechos retirados do livro 'O Vendedor de Sonhos e A Revolução do Anônimos' de Ausgusto Cury, editora Academia. Todos os direitos reservados
 
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